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“A sociedade da informação apresenta-se fragmentada, visto que os bens, objeto do tráfego jurídico em espaço caracterizado como desterritorializado, são virtuais, imateriais e indiscriminadamente usados para o hiperincremento mercadológico global, que tenta se justificar em bases próprias, unicamente por ordens espontâneas.
O capitalismo de vigilância, observa Shoshana Zuboff, reivindica de maneira unilateral a experiência humana como matéria-prima gratuita para tradução em dados comportamentais. Muito embora alguns desses dados sejam aplicados para o aprimoramento de produtos e serviços, o restante é declarado como superávit comportamental do proprietário, alimentando avançados processos de fabricação conhecidos como “inteligência de máquina”, e manufaturado em produtos de predição que antecipam o que um determinado indivíduo faria agora, daqui a pouco e mais tarde. Por fim, esses produtos de predições são comercializados num novo tipo de mercado para predições comportamentais que a autora denomina mercados de comportamentos futuros. Tudo caminha para que os capitalistas de vigilância acumulem grande riqueza através dessas operações comerciais, vez que muitas companhias estão ávidas para apostar no nosso comportamento futuro.
(...)
A partir do primado da pessoa humana no ordenamento civil-constitucional, acentua-se o indispensável papel das normas instituidoras de direitos e deveres fundamentais, de modo a corrigir a assimetria entre as partes.
A tecnologia certamente multiplica a variedade e a quantidade de fatos ensejadores da responsabilidade civil, contudo a característica mais marcante da Internet, ensejando o dever de indenizar, reside não somente na manifestação do próprio defeito, mas no frequente uso intencional de seus recursos de comunicação para causar prejuízos a outrem, afetando assim a segurança dos consumidores.
Que esta obra contribua para uma maior reflexão sobre os temas apresentados, apresentando, de maneira plural, diversas visões sobre as tensões sofridas pelo Direito do Consumidor na sociedade da informação”.
Trecho de apresentação dos coordenadores.
SOBRE OS COORDENADORES
Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Professor associado de Direito Civil da Faculdade Nacional de Direito – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor permanente do Doutorado em Direito, Instituições e Negócios da Universidade Federal Fluminense. Pós-doutor em Direito pela Universidade de São Paulo. Doutor e Mestre em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. http:// lattes.cnpq.br/6071905480000840
Mestre e doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC-SP, professor adjunto de Direito Civil na Universidade Federal de Uberlândia, pesquisador científico pelo Instituto Max Planck (Alemanha); Diretor-presidente do Instituto de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon); coordenador do Procon-MG no Triângulo Mineiro e Promotor de Justiça em Minas Gerais. http://lattes.cnpq.br/7387882596830323
LINDOJON GERONIMO BEZERRA DOS SANTOS
Advogado. Professor. Parecerista. Project Management. BizArch. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB Nacional). Foi Membro Consultor da Comissão Especial de Defesa do Consumidor do Conselho Federal da OAB. Mestrando em Direito (Direito Digital e Proteção de Dados Pessoais). Especialista em Direito do Consumidor. Pós-graduado em Ciências Criminais. Foi Coordenador da Comissão de Professores de Direito do Consumidor do Brasilcon.
SOBRE OS AUTORES
Branca Alves de Miranda Pereira
João Alexandre Silva Alves Guimarães
José Luiz de Moura Faleiros Júnior
Lindojon Gerônimo Bezerra dos Santos
ISBN: 9786555155419
Tamanho: 17.00 x 24.00 cm
Capa: Brochura
Páginas: 304
Fechamento e Impressão: 06/2022